Mapa de Atividades

Associação de Juventude Aprender a Viver

Entidade Associação de Juventude Aprender a Viver
Designação A ESTUFA - TEATRO ESCOLA PARA ADOLESCENTES
Duração 1 dec 2023 - 14:00:00 até 2 dec 2023 - 15:00:00
Nº de Dia(s) 2
Envolvidos na preparação 50
Abrangidos Pelo Projeto 1000
Freguesia Conceição
Concelho Ribeira Grande
Ilha São Miguel
Descrição da atividade Projeto cultural que alia o teatro á educação, saúde e vulnerabilidade social através da realização de uma peça de teatro subordinado a um tema premente da realidade dos nossos adolescentes. É um projeto que educa para o teatro, para a saúde, para a consciencialização e para o debate e que inova pela sua capacidade de criar novos públicos para a cultura. Desta forma, consiste na Realização de 8 oficinas de teatro, de 20 horas de duração cada, compostas por uma componente teórica e outra prática, dividindo-se em regime online e presencial, respetivamente. Estas oficinas pretendem dotar jovens dos 15 aos 25 anos de conhecimentos sobre o teatro, bem como, sobre o tema que pretendem desenvolver. Isto é, estas oficinas têm como intuito colocar em cena uma peça de teatro subordinada a um dos seguintes temas (á escolha dos grupos de adolescentes): redes sociais, sexualidade, violência no namoro, saúde mental nas escolas. Estas oficinas centram-se à volta de toda a dinâmica necessária para construir uma peça de teatro que são as seguintes: • Produção • Dramaturgia • Interpretação • Cenografia • Figurinos • Luz • Som • Encenação Cada área é composta por uma parte teórica que intercala com a parte prática. ~ Programação: Na Produção com os formadores Duarte Soares e Maria Inês Brás, com os temas: Conceito de produção, Componentes de produção, Criação de públicos, Fruição cultural, Marketing e design, Sinopse e Rider técnio e com Laboratório de experimentação e de composição do espetáculo Presencial Na Dramaturgia com Rita Wengorovius, com a componente: Dramaturgia do eu, Composição dramatúrgica , Escritas de cena e com Laboratório de experimentação e de composição do espetáculo Presencial Na Interpretação Liliana Janeiro, com os temas Método Stanislavsky, Teatro das emoções, o ator criador e Laboratório de experimentação e de composição do espetáculo Presencial Na Cenografia Miguel Cipriano com os temas O espaço cénico, O ator no espaço, Referências estéticas e Laboratório de experimentação e de composição do espetáculo Nos Figurinos Miguel Cipriano com a componente: As personagens e o figurino, Relação do figurino com o espaço cénico, Expressão comunicacional do figurino e Laboratório de experimentação e de composição do espetáculo Na Luz Miguel Cipriano cujos conteudos são: Dramaturgia da luz, A luz como personagem, Diferentes materiais e Laboratório de experimentação e de composição do espetáculo No Som Klemente Tsamba com Composição da atmosfera sonora, Criação de “mood”, Relação entre o texto e a criação da sonografia, O corpo do ator como criador do som e Laboratório de experimentação e de composição do espetáculo NA Encenação Patrícia Soso, Ana Dias, Liliana Janeiro com o Teatro do gesto o teatro do oprimido e o Teatro musical e Laboratório de experimentação e de composição do espetáculo Desta forma, este projeto constitui-se como um projeto de intervenção social, educacional e cultural. Ao mesmo tempo que faz refletir sobre temas prementes na adolescência dota-os com conhecimentos para a prática artística. Pretende-se, acima de tudo, que os jovens ganhem autonomia e projetem-se como futuros empreendedores na área da produção artística promotora da transdisciplinaridade. Além disso, cria público e consumo cultural junto dos próprios adolescentes ao mesmo tempo que consciencializa para determinadas problemáticas. PUBLICO -ALVO Adolescentes dos 15 aos 25 anos de idade, de diferentes escolas provenientes dos 5 concelhos de São Miguel LOCAL DE REALIZAÇÃO DAS OFICINAS Junta de Freguesia de Ponta Delgada Perkursos Criações Inclusivas CURRÍCULOS DOS FORMADORES Duarte Soares Nascido em 1994, é Licenciado em Teatro, pela Escola Superior de Teatro e Cinema - IPL. É atualmente mestrando em Teatro e Comunidade pela mesma instituição. Iniciou a sua carreira artística em 2012 com o Colectivo Negativo, tendo desde então colaborado com outras estruturas artísticas na área do Teatro, Cinema e Video-Arte, como Orlando Furioso, Teatro da Garagem, RTP, Lusófona Filmes, Promenade Films, Colectivo Provisório, K731, Teatro de Identidades e o Teatro Umano.Desenvolveu também desde 2016 trabalho na área da Arte e Pedagogia e Arte e Comunidade, em colaboração com a JF S. Domingos de Rana, Projecto GUIAR-TE (CMCascais) e mais regularmente com o Teatro Umano, a sua casa mãe. Maria Inês Brás Nascida em 1998. Licenciada em Design de produto cerâmica e vidro, Mestranda em Teatro e Comunidade. Com experiência profissional na área da fotografia e da imagem, trabalha hoje numa escola primária como artista pedagoga de expressão plástica e dramática, e ainda no serviço educativo do Teatro Extremo, onde planeia e orienta sessões de teatro. Coopera ainda numa associação de apoio a pessoas com experiência em doença mental, no empoderamento do indivíduo para uma maior inserção de todos na sociedade. Rita Wengorovius Diretora Artística do Teatro Umano. Licenciada em Teatro e Educação, pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Curso de Atores Escola de Teatro de Bolonha -Itália "Alessandra Galante Garrone”. Curso de Encenação "Scuola Europea per l'Arte dell'attore “Siena – Itália. Mestre em Criatividade Aplicada ao Teatro na Comunidade pela Universidade de Santiago de Compostela. Doutorada em Teatro Social e de Comunidade pela Universidade de Torino, realizando a sua pesquisa /investigação em Encenação para Teatro Social.Professora na Escola Superior de Teatro e Cinema, onde lecciona o Laboratório Teatral I e II do Mestrado em Teatro especialização em Teatro e Comunidade desde 2008. Professora da Universidade de Évora, Departamento Artes entre 2003/ 2007 Diretora artística do Teatro Umano, encenadora e atriz em vários espetáculos, desde 1998. Recebeu em 1999 apoio para Jovens Criadores e Novos Encenadores, da Fundação Calouste Gulbenkian. Trabalhou com Eugénio Barba, Augusto Boal, Jerzy Grotowski, Emma Dante, Danio Manfredini, Lucia Sigalho, João Brites, João Mota, Filipe Crawford, entre outros. Destacam-se, ainda, as participações na ISTA-International School of Theatre Anthropology e na Odin Week, em Holstebro, na Dinamarca. Trabalhou em Itália com Teatro Delle Briciole- Parma . Teatro Stabile di Torino ,Teatro della Voce - Bolonha e Piccolo Teatro Orazio Costa ,Pescara. Com o Teatro Umano realiza desde 1998, criação e teatro de pesquisa e Educação Artística. Liliana Janeiro Liliana Maria Pacheco Janeiro, atriz, produtora, escritora e pedagoga na área teatral. Mestre em Teatro e Comunidade (Escola Superior de Teatro e Cinema); Pós-graduada em Inteligência Emocional e Saúde Mental; Pós-graduada em Educação para a Saúde. Recebeu formação internacional: “Rainbow Drama Therapy” e “Find your Voice” pela Saplinq, Eslováquia. Fundadora do grupo de Teatro ViceVersa e autora de projetos artísticos de educação para a saúde. Estagiou e desenvolveu a peça “Pangeia” no Teatro Taborda em Lisboa. Tem trabalhado com atores/encenadores como Rita Wengorovius, Nelson Cabral, Iolanda Laranjeiro, Maria Henrique, Miguel Vieira, Fátima Sousa, Eleonora Duarte Marinho e Ana Lopes. Do seu currículo de atriz contam peças, como sejam: “Como se esquece alguém que se ama” (peça vencedora da noite do sketch no Teatro Ribeiragrandense), recriação poética “O Botequim de Natália Correia”, “Asas e Raízes” (com digressão a Cabo Verde), “A Fúria de Shakespeare”, “Sala de Embarque”, projeto de poesia “Elo de Elas” e “Espiral”, “Um projeto e meio limão”, “Sexo Sem Tabus”, “Pangeia”, Monólogo “O tempo pesa nas costas dos pardais, “Shot Up” (peça de teatro do oprimido , fruto de um colaborativo Saplinq na Eslováquia). Participou na longa-metragem “Cortejar a ilha” e na curta-metragem “50 pesos argentinos”. Como Locutora de filmes de animação realizou “O projeto e meio limão” Produtora executiva da reposição da peça “A fúria de Shakespeare” e do espetáculo teatral de promoção da saúde sexual “Sexo Sem Tabus”, “O projeto e meio limão”, “A Costela de Lilith”, “LiveBox” Como escritora e dramaturga desenvolveu a peça “Sexo Sem Tabus”, “Pangeia”, “O tempo pesa nas costas dos pardais”, “Poesia a Dois”. Coordenadora da edição do Livro: A Costela de Lilith – Antologia Poética. Como pedagoga desenvolve variados workshops incluindo “Teatro das emoções”, Teatro do Oprimido”, “A Oficina de Lilith”. Como Encenadora: espetáculo “Passos” (9’ circos) e espetáculo Livebox (AJAV) Miguel Cipriano Klemente Tsamba Nasceu em 1974 em Maputo, Moçambique e desde cedo participou em projetos relacionados com as artes performativas, tendo integrado bandas de música tradicional, grupos de danças urbanas e teatro de rua. Muda-se para Portugal em 2001 para trabalhar com a Diretora Gisela Cañamero no Alentejo e mais tarde para Lisboa onde colabora com a Byfurcação Teatro de Sintra. Ator, músico e artista-plástico, conta com dois monólogos baseados na oralidade africana, ambas com participação de destaque em festivais nacionais e internacionais de teatro. Patricia Soso é atriz, encenadora, performer e educadora, nascida no Brasil e formada pelo Teatro Escola Arsenale de Milão, Itália, tendo-se estreado em Teatro em 2002. Em Portugal desde 2014, trabalhou com os realizadores Pedro Pinho, Filipa Reis e João Müller Guerra. É encenadora do Grupo de Teatro do Grémio da Póvoa de Santa Iria. É fundadora e diretora artística da PALCO – Escola de Artes Teatrais do Grémio e criadora artística do Casulo - Núcleo de Artes Performativas do Grémio Dramático Povoense. Ana Dias Nascida em 1998 em Viana do Castelo. Licenciada em Artes Cénicas na Universidade de Évora e formada em Piano na Escola de Música Amadeus. Trabalhou como atriz no espetáculo do Cendrev, Apocalipse hoje; no Bodas de Sangue e Anjo Brando do CDV – Teatro do Noroeste; como apoio à música no espetáculo Cerejal, uma colaboração entre a Universidade de Évora e o Cendrev; como interpretação musical no espetáculo Sermão de Abrantes, baseado numa peça do autor Gil Vicente; como direção musical no Espetáculo de Rua, O Tapete; Estagiou no Teatro da Garagem. Encontra-se neste momento a frequentar o Mestrado de Teatro, Especialização em Teatro e Comunidade na ESTC – Escola Superior de Teatro e Cinema. ATIVIDADES: FASE DE PRE PRODUÇÃO - Marqueting do projeto - Contato com os parceiros - Inscrição dos jovens - Apresentação do plano curricular REALIZAÇÃO DAS OFICINAS ONLINE • Produção • Dramaturgia • Interpretação • Cenografia • Figurinos • Luz • Som • Encenação REALIZAÇÃO DAS OFICINAS PRESENCIAIS • Produção • Dramaturgia • Interpretação • Cenografia • Figurinos • Luz • Som • Encenação APRESENTAÇÃO DO ESPETÁCULO NOS DIFERENTES CONCELHOS DE SÃO MIGUEL JUSTIFICAÇÃO: Em poucas décadas o mundo mudou muito, as rotinas e a forma de percecionar o mundo são diferentes. O frenético crescimento da tecnologia, da acessibilidade à informação e aos meios de comunicação colocam grandes desafios aos professores e técnicos de saúde. É urgente mudar o paradigma tradicional de transmitir conhecimentos e responder à rápida e exponencial evolução do mundo que nos rodeia. O teatro, portanto, surge como um veículo eficaz no processo ensino- aprendizagem porque é uma arte dramática que se centra nas representações de momentos, situações e problemas, envolvendo o público através de uma linguagem alternativa. Proporciona um momento de uso da imaginação e despoleta sentimentos através da demonstração de cenas comuns e do quotidiano, com as quais os espetadores se possam relacionar. A conclusão de um estudo conduzido por Lima e Viana (2005) diz-nos que “o teatro possibilita uma maior aproximação com a comunidade. Somam‐se ainda as influências sobre a vida pessoal, pois o teatro, como toda forma de arte, leva o indivíduo a ter um maior conhecimento de si, melhorando também a autoestima.” “HABITÁCULO” é, portanto, uma estratégia inovadora de se chegar junto dos adolescentes, refletir e transmitir mensagens e ainda formar público para teatro. Expõe tanto os adolescentes, como professores, auxiliares a cultura. É uma forma de educar combatendo a insularidade e promovendo o acesso dos jovens a educação artística proveniente da capital- lisboa, cosmopolita e inovadora. Este projeto não só apela ao consumismo cultural dos futuros adultos como privilegia o ensino através das artes. Isto é, a escola é uma plataforma defensora da inclusão, da diversidade, da igualdade social e da equidade e é, por seu turno, permissora do acesso universal à cultura. O conceito de ligação pelo teatro e a transformação da comunidade, neste caso, estudantil e jovem, vê-se repleta de exposição a textos que os representam, a encenações que os provocam e a representações que os comovem. O teatro é um passo para o futuro de quem carece de o ter. Alem disso acredita-se que: • Promove a participação e qualificação da comunidade adolescente e dos públicos na cultura em diversos domínios da atividade artística e boas práticas de acessibilidade. • Valoriza a dimensão educativa e de sensibilização para a cultura e literacia da saude; • Corrige assimetrias de acesso à criação e fruição cultural; • Promove a partilha de responsabilidades do Estado, nas dimensões central, regional e local, com os agentes culturais e outras entidades, públicas e privadas, para incentivar boas práticas de empregabilidade e sustentabilidade, combatendo assimetrias económicas e a precariedade no setor cultural; • Valoriza a pesquisa e experimentação artísticas como práticas inovadoras do desenvolvimento e do conhecimento, através da aplicação do questionário. • Articula as artes com outras áreas sectoriais, como a da saúde e a do social. • Promove a inclusão social, a cidadania e a qualidade de vida da comunidade. Considera-se que este é um projeto inovador, colocando os Açores no mapa como um arquipélago preocupado e capaz de desenvolver atividades inovadoras e interdisciplinares. Este projeto pauta-se como interventivo e progressista, como agentes promotores, no que concerne à junção de diversas áreas: social, saúde, educação, cultura e juventude, com o grande e nobre objetivo de direcionar os nossos jovens para escolhas saudáveis, tornando-os adultos seguros.